O Homem é mais do que um feixe de relações visto que, se as relações são, muitas vezes, inevitáveis, os vínculos traduzem um acto de escolha, uma deliberação. Por isso somos sempre responsáveis pelos vínculos que cativamos. Cidadão não é um ser imaginário ou uma abstração. Cidadão só existe na relação com seu concidadão. Assim, a cidadania é o vínculo entre os cidadãos, é o que, justamente, os torna cidadãos. Uma sociedade é formada por cidadãos e não simplesmente por indivíduos.
A cidadania comporta um feixe de manifestações e pressões sociais exercidas por indivíduos, associações, coletividades ou grupos sociais na defesa de seus interesses, pois ela é um processo histórico de conquistas populares, por meio das quais, uma sociedade vai se tornando consciente e organizada, capacitando-se a conceber e efetivar um projeto próprio de desenvolvimento.
O Estado Angolano, um estado democrático,assiste hoje à mobilização de ONGs, Fundações e movimentos de grupos, classes, categorias, na reivindicação de direitos ou ações que busquem sua efetividade, é uma prática bem comum a manifestação de cidadania, porque o cidadão não pode ficar impávido as mudanças que ocorrem quando estas não o beneficiam, o dever do estado é garantir o bem comum, criar a união na multiplicidade, porque apesar de cada um de nós ter as suas necessidades, seus medos, seus desejos, seus segredos e escolhas, todos buscamos apenas por um sumo bem, o bem maior para cada um, essa busca pode ser alargada para o sumo bem comum, um bem maior para todos.
Contudo, além de ser cidadãos, precisamos ser ecocidadãos. Importa sim, se o estado cumpre ou não com suas obrigações, mas muito mais importante que isso, é o cuidado com o próprio homem, o cuidado e maior preocupação com a sua principal fonte de recursos que é a natureza. Tudo que nós utilizamos para nossa sobrevivência, vem da natureza. Cada um de nós deve ser responsável pela natureza e sua preservação. Através de gestos simples como: Não deixar a torneira aberta quando se escova os dentes; plantar 10 árvores quando abater uma; antes de realizar uma actividade, fazer um estudo do seu impacto sobre o ambiente; criar programas de sensibilização e preservação ambiental; ter sempre em mente que uma acção local pode ter um impacto global; pensar na reutilização do papel ao imprimir algum documento interno da empresa, estas e outras atitudes, são atitudes que mostram que o homem e a natureza não são inimigos e devem andar de mãos dadas pois se os recursos naturais se esgotarem, será o fim da própria humanidade.
Hoje a sociedade nos força ao consumismo exagerado, mas cada um de nós é capaz de encontrar soluções mais sustentáveis e que sejam mais práticas como a utilização de um mesmo espaço para várias actividades. As empresas ecocidadãs, tem sempre em sua linha de acção os cuidados com as questões ligadas a alguns procedimentos básicos de saúde, segurança e preservação ambiental. Hoje em dia, uma empresa com bases ecológicas no seu pacote de responsabilidade social, tem melhores possibilidades de ser bem sucedida e mais facilmente vê suas portas abertas pela capacidade de influenciar outras empresas a gerar rendas sem, no entanto, destruir a natureza. Uma empresa ecocidadã não está preocupada apenas com o seu negocio, ela se preocupa, acima de tudo, com o bem estar de todos envolvidos e com a preservação da sua principal fonte de geração de rendas, a natureza. A isso eu chamo "Qualidade de Vida no Encontro Com a Natureza".
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